8.19.2003

CONHECER E DESCONHECER

É estranho, é escroto, mas é assim. São muitas as pessoas que você conhece durante a vida. E algumas, por mais forte que seja a sua relação com elas, invariavelmente vão se diluindo no tempo. Não é possível saber por quê. Mas parece que o tempo vai esmaecendo a sua imagem, os assuntos já não surgem com naturalidade, os interesses já parecem muito redundantes. Alguns acontecimentos podem enfraquecer ainda mais - e, na verdade, estes são a causa de tudo. A discordância torna-se barreira e você, de repente, percebe que já não tem mais tanta força para re-estabelecer os traços - porque este é um trabalho de esforço. As distâncias crescem tanto que você passa a desconhecer mais a pessoa do que conhecê-la. E, no final, as coisas acabam como nunca estiveram. E a culpa, se existe, nunca se sabe a quem atribuir.

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