12.26.2003

Sabe o que é incrível? Esse negócio de fim de ano realmente é estranho. Eu não consigo não pensar no ano que tá terminando e não consigo não querer falar pra todas as pessoas o quanto eu gosto delas (claro, as que eu realmente gosto).

Eu penso em todos os momentos do ano, os que eu estava incrivelmente bem e feliz e os que eu estava absurdamente mal. E, com certeza, esse ano foi recheado dessas duas coisas.

Penso nos meus amigos, que me ajudaram nos meus momentos cuzões, e que estavam também pra dividir as sensações fodonas pelas quais passei, e aqueles que, apesar de eu querer muito mesmo, simplesmente não puderam estar, por diversos motivos. E as pessoas que eu conheci e, que, de alguma forma, me surpreenderam. Eu gosto pra caralho de todo mundo - e isso é sério, não é papo de fim de ano. Claro, todo mundo não é exatamente toodo mundo, mas quem está incluído, com certeza, ao ler isso, saberá.

Penso nas merdas que eu fiz - são muitas -, nas pessoas que sofreram com isso (aí entra, muitas vezes, a minha família, que é muito foda e nem sempre eu reconheço isso...), e nas merdas que outras pessoas fizeram (sim, pq todo mundo faz merda nessa mundo).

Penso nas coisas que aconteceram, em quanto tempo se passou tão rápido, em como eu estou envelhecendo, em quanto eu estou longe do que eu imaginei pra mim nesse momento há dez anos atrás, em quanto as coisas voam.

E, o mais incrível, eu sinto saudades. Muitas saudades. Saudades das épocas que eu sei que não voltam mais, apesar de terem sido tão fodas e tão intensas. Eu sinto saudades de não precisar procurar estágio, de curtir muito tudo sem ter responsabilidade nenhuma. Saudade de algumas pessoas. Saudades de alguns dias, de algumas músicas nesses dias, de alguns lugares, dos ares de alguns lugares, das vozes de algumas pessoas, dos cheiros.

Pois então. Nostalgia. Viva essa merda, que é ela que nos faz lembrar que o tempo passa mesmo, e as coisas nem sempre podem ser como já foram. E que, muitas vezes, você não dá valor a coisas tão fodas - essas que hoje te fazem perder o ar só de lembrar - enquanto elas estavam acontecendo.

Mas a vida é assim. E, por isso, também posso pensar que ainda tem muita coisa pra acontecer.

Gosto mto de vocês.

Amanhã eu viajo, portanto:

FELIZ ANO NOVO!!!


12.24.2003

Esse é um post completamente paranóico.

Não consigo parar de pensar nas minhas amídalas. Incrível. Eu fico horas analisando elas. Eu já tô melhor da doença, mas, agora, há dez minutos atrás, a minha amídala direita começou a doer. De novo! Porra! O fim de semana inteiro, a amídala esquerda doeu mais do que a direita, que doía, mas só um pouco. Então, um dia depois da dor - de ambas - passar, a direita resolve se manifestar. Que cu!

Amidalite é uma coisa muito ruim. E uma coisa que eu tenho a cada duas semanas. Hoje eu tava no Odeon e percebi que eu me lembro do Odeon sob a perspecitva da amidalite. Da última vez que eu fui lá, numa maratona, eu tava com ela - e todas as suas filhas: febre, dor de cabeça, dor no corpo, delírios. Então, passei a perceber um padrão na minha vida: de todos os lugares eu tenho uma lembrança sob a sensação da amidalite - eu lembro dos lugares com a sensação que eu tinha quando estava com essa merda lá. Entenderam? Então, não só os lugares, mas as músicas também. E as garotas com quem fico. Isso é incrível! E, quando não é a lembrança da amidalite em si, é da iminência de sua chegada.

Isso é surpreendente. Cheguei a conclusão que tenho uma vida paralela, concomitante àquela em que várias coisas acontecem. Nessa vida paralela, só há dois acontecimentos: amidalite e iminência da amidalite - ou, melhor dizendo, o início da percepção da dor na garganta.

Preciso arrancar as amídalas!

12.21.2003

Cores obtusas
E profusas palavras de lampejo
Recomeço meu trajeto
e vejo que no final
tudo retorna ao desejo

12.20.2003

Muito pertinente essa música agora. Muita coisa coincide, mesmo tendo sido feita num frio escroto e inglês. Mesmo assim. E ainda é muito foda.


Funny time of Year


These silent words of conversation
Hold me now this adulation
See me now
Oh it's easy now

Falling like a silent paper
Holding on to what may be

And I only hear
Only hear the rain

And many rains turn to rivers
Winter's here
And there ain't nothing gonna change
The winds are blowing telling me all I hear
Oh it's a funny time of year
There'll be no blossom on the trees

Turning now I see no reason
The voice of love so out of season
I need you now
But you can't see me know
I'm travelling with no destination
Still hanging on to what may be

It's a funny time of year
I can see
There'll be no blossom on the trees
And time spent cryin' has taken me in this year
Oh it's a funny time of year
There'll be no blossom on the trees

Beth Gibbons
Ano Novo.

Ano é uma coisa estranha.
Você comprime vários acontecimentos em uma unidade de tempo. Aí tem que relacionar diversas coisas a uma só.
Ano que acaba é muito bom. Dá uma sensação de que você fez bem as suas coisas (pelo menos, por enquanto). Relembrar um ano é uma das melhores coisas.

Não vou ver nem metade das pessoas que eu gostaria nesse ano novo. O do ano passado foi memorável. O desse ano provavelmente vai ser também, mas de uma outra maneira. Não vai ter tantas pessoas. Tantas pessoas fodas e que fazem falta. Vou sentir falta da presença de todo mundo e mais outras pessoas, que não estavam. E, ainda, o ano de 2002 foi muito fodão, é difícil que 2003 supere, apesar de também ter sido bom. Mas as coisas são assim.

Ano novo é bom. É bom achar que vai ser tudo muito foda, apesar de todo mundo saber que, na maioria das vezes, pouca coisa muda.

Feliz ano novo pra vocês!
DOENÇA

Um sábado. Inteiro. Apodrecendo em cima da cama. Por causa de uma garganta que, a cada duas semanas, me fode.

Febre. Anti-térmico. Suor. Febre. Anti-térmico. Suor. Dor de cabeça. Dor de cabeça. Dor de cabeça.

Porra! Por quê? É uma das maiores merdas que existem. Doença.

Agora. Sábado. De noite. Onde estou? Na frente do computador escrevendo numa merda de um blog e ouvindo música sozinho.

Acho que tô fumando demais...

12.16.2003

I
don´t know
just where I´m going
but I´m
gonna try
for the kingdom
If I can
cos´ it makes me feel like I´m a man
When I put a spike into my vein
and I´ll tell´ya things
aren´t quite the same
when I´m rushing on my run
and I feel just like Jesus´ son
and guess that I just don´t know
oh and I guess that I just don´t know


Resolvi escrever nessa merda hoje.

Esses dias tão muito quentes, não consigo pensar direito. Então, não tenho muito o que escrever.

Com esse calor, quantos litros de suor uma pessoa deve liberar por dia? E se esse suor for evaporado? Só no Brasil, 160 milhões (é isso ou já aumentou?) de pessoas soltando água pelos poros, que é evaporada pelo sol absurdo. Por isso que chove pra caralho nessa época.