3.30.2010

Bem ali, no espaço em branco.
Exatamente naquele intervalo, onde o olhar não alcança com nitidez os contornos de nenhum corpo.
Como se, por um espirro silencioso, as coisas se movessem rápida e muito levemente. Flutuando como plumas.
Bem ali, no transparente, ali no longe, no não sei mais quando, encontro algo que já não espero mais, mas acalento a cada minuto.
A vida, pequena, ganha em altura, em volume, em densidade e porosidade. Só ali, onde deixei a respiração tranquila esperando adormecida.

3.23.2010

Sonhando com a minha casa.
Todos os dias respiro mais fundo enquanto durmo.