4.14.2004

Uma outra resolução: não ir ao trabalho amanhã. Preciso disso.
(ir)resoluções

Algumas coisas me fazem realmente mal. A falta de tempo me impulsiona pra uma crise ainda maior de auto-estima, que já é quase inexistente. Onde estão os interesses, que um dia já foram tantos que me sufocavam?

Talvez esteja ficando um pouco mais burro.

Ser engraçado, por vezes - muitas vezes -, me incomoda profundamente. Quase sempre não pretendo ser engraçado, mas armaduras existem pra você não se expor. Mas, no final, a exposição talvez seja ainda mais dolorosa. Palhaço, na minha opinião, sempre foi das funções mais humilhantes.

Preciso de espaços livres pra pensar, mas eles têm sido cada vez mais escassos. Parar tudo, neste momento, paradoxalmente, vai me tirar da estagnação. Essa estagnação não diz respeito a nada concreto, mas alguma coisa que morreu por ações imperceptíveis ao longo do tempo. Ações pelas quais eu me deixei levar. Ironicamente, um dos meus grandes problemas - que eu detecto - é pensar demais. Só que pensamentos espasmáticos conduzem a crises gigantescas. Retidos eles provocam, às vezes, danos insuperáveis. Mas então, tem saída? Provavelmente não.

4.02.2004

Desconexo.
Completamente.

Mas quem não é?
Poizentaum...

resolvi escrever de novo aqui. Depois de muito tempo...

A vida tá assim, meio mais ou menos - sempre volta a esse estágio (estágio? não, nunca...). As pessoas tão meio (meio? pfff...) longe daqui - geograficamente e, em certos casos, psicologicamente também. Claro, não por minha vontade. Mas, vida é assim mesmo. Quase sempre uma merda. De vez em quando a gente acha que não.

Pra algumas pessoas, eu tenho o que falar. Pra outras, nem tanto. Não precisa. Gosto de (quase) todo mundo mesmo assim. E, às vezes, tenho saudades. Mas, quem não tem? Nem todo mundo é sempre a mesma coisa.

E, de vez em quando eu escrevo. E, de vez em quando, eu acho alguma coisa que eu escrevi há muito tempo. Um pensamento que não foi tão esquecido assim. E, não é que cabe? Sempre...

Poizentaum...


*Pour*

Falta sono
Falta nome
Não tenho pensamentos
não tenho sentimentos
quando você some
Com seus impulsos constantes
Com sua ausência estranha
Faltam cores que te transbordam
Falham sons que não me chamam
voz de não
prendo-me no chão
Você
impecavelmente
pinta paisagem pra cego
e me consome.