7.30.2007

O transparente do céu frio de uma noite de inverno. Talvez o quase-transparente do céu de uma noite de verão.

As noites permanecem na visão, desde as primeiras que vi.

E, desde então, meu mundo acorda de noite todas as coisas que ele dorme de dia.

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夜冬夏日

7.28.2007

É porque o passado já é presente.
Essa coisa de querer. Para mim mesmo?
Aquém de mim estou eu. Para lá, todo mundo que eu não-quero. Por que sou eu a mais e não a menos.
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Viver no passado é pior do que chá frio.
Dias internos com inclinação externa.

Passando pela porta da construção civil, ele conseguiu sentir as festas todas passando por dentro de sua cabeça.

E o barulho do mar batendo no revoar dos passarinhos, às 18h de uma tarde fria, era todo o verão dos anos anteriores.

Perguntou, por menos de um segundo, ao que tentou olhar o céu e ver a beleza das coisas: "a opacidade é propriedade do ser humano, ou o tempo coloca uma camada de poeira por sobre a visão?" Como uma catarata maldita, que deixa tudo desbotado.

Enfim, o referencial já está pronto desde quando? Voar ainda não foi liberado pra nós.

Continuou andando. Pensou no café de daqui a pouco e as letras no livro. O cigarro na mão o lembrava de estar vivo. E as pessoas dentro da sua cabeça: essas são as mais queridas.

7.04.2007


Hoje, para não matar o dia, achei o tempo perdido nas coisas.

Bem no fundo, tudo espreguiça ao olhar mais cuidadoso.
A varanda deu um sorriso macio e o céu disse 'que bom estar vivo'.

Eu, no meio de tudo, achei graça da falta de tempo.
Andando por entre as ruas, escorreguei para o lado bom do mundo.