9.06.2010

Voltando ao Rio

A cidade muda de tamanho, expande seus espaços e respira mais profundo. Ela não pulsa (isso é uma mentira), mas descansa em plácida e absorta contemplação. Seu ruído noturno alcança clareza de melodia calma, que se mescla com os barulhos dos carros passando. Ela se elogia, tímida, convicta do seu lugar. Minha casa me dá uma alegria tranquila, felicidade de todo dia, dessa maneira mesmo, nunca se reconhecendo completa, olhando fixo nas brechas.
A cidade, casa, essa lacuna imensa e noturna, que se refestela da ausência e finge completude a cada pôr do sol; essa que me faz sentir pequeno e que me deixa grande, cheio de satisfação.