11.15.2007

sobre o asfalto
cheiro de chuva
pingando
atrás das peles

no verão chuva fria
meus amigos de então
contando histórias
e arremessando afeto e sorrisos

aquelas vozes, num coro
minha casa e travesseiro
o futuro que brilhava

fez-se a ponte e quebrou-se a fundação
como se, das palavras
o casco puro nas mil mãos

aspereza pela espera

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