3.11.2007

Acordar e sentir o dia entrar pela narina.

Pegar o tempo e comprimir em manhã - com o cheiro de noite que vai se esvaindo conforme as horas passam.

E, entre um gole e outro de sonolência, dormir minutos, horas, abrindo um buraco fundo e brando nesse espaço. Semi-existir, vagar flutuando pelos quartos, sala e cozinha.

Prolongar a manhã até quebrá-la com a aspereza do meio-dia.

Aí relembrar da vida sensata e fria, estirada sob o sol forte que racha-lhe a face delicadamente construída no ar da pós-madrugada. (estraçalhar a poesia fina)

Entre o lilás e o amarelo saturado, morrer de novo até escurecer a vista e clarificar os pensamentos. Soltar o ar preso, viciado dentro do pulmão desde o primeiro sonho.

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