5.03.2010

Para que no futuro, não se queixe demasiado. Andando pelas ruas semi-vazias, não se queixe de não haver feito o que queria. Melhor que agarre a sua bicicleta (ou um par de sapatos quaisquer), e que se ponha em movimento sincero. E que trabalhe a razão contida, renitente, mas amolecida, como que derretida pelo calor. Coloque-se em movimento calmo e perene, que converse com os amigos. Perceba a reminiscência, calado, sozinho. Já a conclusão está clara: que se saiba sempre sozinho - porém não desacompanhado. Faça imagens (escritas ou não, gravadas ou não) e as rememore quando preciso. E quando não preciso também. Beirando o limiar, chegando quase lá, jogando muita coisa fora. Que as saudades sempre irão te acompanhar - ah, isso não tem jeito. A vida é escrota mesmo, meu amigo! Mas você jamais vai escolher não estar.

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