"Como escrever senão sobre aquilo que não se sabe ou que se sabe mal? É necessariamente neste ponto que imaginamos ter algo a dizer. Só escrevemos na extremidade de nosso próprio saber, nesta ponta extrema que separa nosso saber e nossa ignorância e que transforma um no outro.
[...]
Suprir a ignorância é transferir a escrita para depois, ou melhor, torná-la impossível"
(DELEUZE, em Diferença e Repetição, num dos prólogos mais bonitos de se ler)
Deixo então a pergunta que me faz desesperar e acalmar, em tempos distintos e, muitas vezes, ao mesmo tempo:
Qual o tamanho do erro dos experts, talentosos e prodigiosos?
Escolher o lado da ignorância é mais prudente (e mais potente), mas talvez também mais solitário (e um interlocutor não deixa de ser o que possibilita o meu falar).
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