10.21.2007

- Acontece que existe uma alegria imanente ao desejo, como se ele se preenchesse de si mesmo e de suas contemplações, fato que não implica falta alguma, impossibilidade alguma, que não se equipara e que também não se mede pelo prazer, posto que é esta alegria que distribuirá as intensidades de prazer e impedirá que sejam penetradas de angústia, de vergonha, de culpa.

Ponderou D., concebendo o ponto de partida para toda a superfície que se preze. Tentamos escavar tão fundo, que o máximo que conseguimos é chegar ao nosso outro lado, o lado de trás. Não há interior misterioso, sim aquele que preenche. Corpo mesmo.

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