- Acontece que existe uma alegria imanente ao desejo, como se ele se preenchesse de si mesmo e de suas contemplações, fato que não implica falta alguma, impossibilidade alguma, que não se equipara e que também não se mede pelo prazer, posto que é esta alegria que distribuirá as intensidades de prazer e impedirá que sejam penetradas de angústia, de vergonha, de culpa.
Ponderou D., concebendo o ponto de partida para toda a superfície que se preze. Tentamos escavar tão fundo, que o máximo que conseguimos é chegar ao nosso outro lado, o lado de trás. Não há interior misterioso, sim aquele que preenche. Corpo mesmo.
10.21.2007
10.09.2007
10.08.2007
como se não soubesse exatamente como
aquiescer
entre ir e vir entre não-estar aqui
lá, o tempo inteiro
olhos fechados para dentro
sentar e escrever, então. sutilmente, nos intervalos. nesses espaços inexistentes, criar as possibilidades de imprimir - pensamentos ou seus prés e pós - estados de espírito e de corpo. colocar-me à disposição de mim, tempo calmo e leve sorver dos segundos.
como uma curta existência, translúcida. estar-aí estando. não como reatar os sentidos, mas curar-se por saber-se no vazio o mundo inteiro que se demove de mim.
aquiescer
entre ir e vir entre não-estar aqui
lá, o tempo inteiro
olhos fechados para dentro
sentar e escrever, então. sutilmente, nos intervalos. nesses espaços inexistentes, criar as possibilidades de imprimir - pensamentos ou seus prés e pós - estados de espírito e de corpo. colocar-me à disposição de mim, tempo calmo e leve sorver dos segundos.
como uma curta existência, translúcida. estar-aí estando. não como reatar os sentidos, mas curar-se por saber-se no vazio o mundo inteiro que se demove de mim.