1.28.2013

Aqui, sentado na mesa, eu passo horas imensas pensando que deveria escrever. Escrever sem parar. Escrever, escrever, escrever. Na esperança de que as palavras preencham algum espaço dentro da minha cabeça.
Antes das palavras saírem de mim, existe algo lá? O que havia naquele espaço - p a l a v r a - que agora se abriu e abraçou, certinho, a palavra que acha que saiu de mim?

Mar, rio, passeio, caminhada, beijo, abraço, manhã de sol, luz na janela, cheiro de domingo, silêncio, casa, chão, conversa, cachorro, canto, bicicleta, horas e horas e horas e horas...

Um pouco de mágica, de fé, de crença; na minha saudade imensa - essas horas imensas cheias de saudades que definem quase tudo - eu me engano dizendo que vou escrever. E passo silêncios infinitos,  entre milhões de vozes entrelaçadas, pensando nas palavras.

As palavras são minhas na mesma medida do mundo.