8.22.2009

Para não me repetir demasiado, pus-me no deslocamento.
Tomei um avião e atravessei muitos mil quilômetros.
Mas, ah, que equívoco!
A viagem serve pra voltar.

Percebi que o pensamento (corpo) não necessita se deslocar no espaço a tantas léguas. Basta olhar quieto e seguir um certo movimento sutil. Não prescinde do espaço: só que não é tão literal e tão óbvio. É um espaço outro, menos afeito às turbinas dos aviões e aos trilhos dos metrôs. Mas colado a mil outras coisas, assim, em encantamento, muito distanciado do espanto fácil do novo.

No comments: