6.05.2009

Nhenhando, num deslim. A marcha estradeira da palavra. Cismosa, entrando em si, na meio-sonhada ruminação. Meu amigo Guimarães Rosa, aqui, nesse longe que estou, esquentando um pouco a alma com palavras quase cantadas. É impressionante como tudo fica macio quando ele escreve.

"A felicidade é o cheio de um copo de se beber meio-por-meio".

Soropita fica feliz com Doralda, lá no Ão do meio do sertão. Basta saber olhar: de dentro de cada coisa, umas cem mil palavras, que, em vez de representar, apresentam um outro modo.

Em vez de economizar, às vezes derramar aos montes pode ser outra forma de economia, tão simples quanto. Não o excesso das voltas que nunca páram, mas o adentrar do olhar nas dobras que podem ser desfolhadas de cada coisa.

Um dia haicai e outro Rosa. Assim se vai.

1 comment:

Anonymous said...

nhenhando na preguiça dominical...

(nhenhando é ótimo!)
bjs!
fernanda