Estar aqui e lá, impossibilidade.
Em mim e em todo o resto: ser quase tudo, fazendo o pouco que me cabe. Assim, como se pudesse controlar o passando de cada tempo, como se os dias fossem meus quartos.
Pensando que pensar é tudo de que se trata
- quase tudo -
esquece-se de que há sempre aquela brecha que sobra, entre coisa e coisa, entre eu e o resto todo. Aquele resquício de coisa nenhuma, imanência ou pura complacência do mundo. Não complacência por ser complacente, mas por não ser e ponto. O mundo sendo aquilo que tudo que não é - porque não é falável, nem avistável.
Talvez seja isso. Passar das horas, degustar as palavras e invisibilidades instantâneas - porque efêmeras. Fotografia, cinema, poesia e amizade. Assim, sem mais porque sempre menos. Sempre quase lá.
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